Dados do Trabalho

Título

ANÁLISE DA MORTALIDADE POR NEOPLASIAS MALIGNAS CAUSADAS PELO VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA (HIV), NO BRASIL, NO PERÍODO DE 2018 A 2022

Objetivo

Identificar o perfil da mortalidade devido a neoplasias malignas decorrentes do vírus da imunodeficiência humana, no Brasil, entre os anos de 2018 a 2022, a fim de substanciar a adoção de um protocolo, em nível nacional, para o rastreio precoce de neoplasias em pessoas que vivem com o HIV.

Métodos

Trata-se de um estudo epidemiológico, com dados quantitativos e secundários dos óbitos por neoplasias causadas por HIV, recolhidos no DATASUS. As taxas de mortalidade foram calculadas e padronizadas por região do país, sexo, etnia, estado civil, grau de escolaridade, grupo etário e local de ocorrência, com análise por regressão de Poisson.

Resultados

No período analisado houve notificação de 1.570 óbitos devido a neoplasias malignas decorrentes do vírus da imunodeficiência. 37,8% desses óbitos ocorrem na região sudeste, com o predomínio no estado de São Paulo, enquanto, 69% era do sexo masculino, 48,7% da cor branca e 59,3% solteiros. Além do mais, 31,6% tinham entre 8 a 11 anos de escolaridade, 58,9% possuíam menos do que 50 anos e 86,9% vieram à óbito em ambiente hospitalar.

Conclusão

Infere-se que, devido à infecção pelo HIV, pode ocorrer a diminuição, significativamente, da expectativa de vida, inclusive pelo acometido dos indivíduos soropositivos por cânceres, já que mais de 900 desses indivíduos falecerem, com menos de 50 anos, entre os anos de 2018 e 2022, por conta de neoplasias causadas pelo HIV. Sendo assim, destaca-se a importância de políticas públicas, conforme o princípio de equidade, assegurado pela Constituição Federal de 1988, que atenda todo território nacional, para o rastreio e manejo de neoplasias malignas em pessoas que vivem com o vírus da imunodeficiência. Em suma, o diagnóstico precoce de um câncer pode ser um diferencial, pois possibilita o aumento de sobrevida desses cidadãos.

Palavras Chave

Vírus da imunodeficiência humana; Neoplasia Maligna; Mortalidade; Epidemiologia.