Dados do Trabalho

Título

AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA DOS ANESTÉSICOS VENOSOS EM PACIENTES LACTANTES

Objetivo

O estudo busca analisar detalhadamente a segurança dos anestésicos venosos em pacientes lactantes, destacando a relevância do aleitamento materno para a saúde infantil e materna e abordando as preocupações com a transferência de anestésicos para o leite materno e possíveis efeitos em lactentes. A revisão da literatura foi conduzida nas bases de dados, resultando na seleção de 22 publicações pertinentes, abrangendo diversas classes de fármacos anestésicos.

Fonte de Dados

LILACS; Cochrane Library, PubMed; SciELO no período de 2000 a 2023, em inglês e português, utilizando os descritores: anestesia, anestésicos, efeito anestésico, aleitamento, amamentação, leite materno.

Seleção de Estudos

Foram encontradas 587 publicações, excluídas 565 produções e mantidas 22. Os critérios para seleção dos materiais foram a relação dos conteúdos aos objetivos propostos e foram avaliadas a segurança e veracidade das publicações.

Coleta e Análise de Dados

Foi feito uma análise completa dos estudos e após isso foi elaborado um resumo dos principais resultados de cada trabalho de forma descritiva. Dessa forma, houve a identificação e descrição dos principais achados de cada estudo, destacando semelhanças, diferenças e padrões emergentes.

Síntese de Dados

Entre os sedativos, a dexmedetomidina apresenta recomendação de retornar à amamentação 24h após a suspensão do fármaco; o benzodiazepínico diazepam sugere uso seguro em dose única antes de um procedimento e o midazolam tem mínima transferência pelo leite e após 4h da administração se torna indetectável. Hipnóticos como etomidato, cetamina e propofol também são avaliados, enfatizando a rápida depuração e segurança no uso em mães lactantes. Nos opioides, a morfina é mencionada como segura em dose única, enquanto o uso de tramadol é desaconselhado devido ao risco de sedação e depressão respiratória nos lactentes. O fentanil e seus derivados, como alfentanil e sufentanil, são considerados seguros em doses únicas, com mínima transferência para o leite materno. Já o remifentanil não há estudos em lactentes.

Conclusão

Os resultados do estudo enfatizam a importância do aleitamento materno, indicando que a transferência dos anestésicos venosos para o leite é geralmente insignificante em doses únicas, não representando riscos para lactentes saudáveis. Entretanto, as análises ressaltam que lactentes com comorbidades ou prematuros podem ter maior risco de efeitos colaterais e recomenda que cada caso seja avaliado individualmente pelo anestesista e pediatra, considerando o risco/benefício.

Palavras Chave

Anestésicos Endovenosos; Aleitamento Materno; Efeitos Anestésicos