Dados do Trabalho


Título

RELAÇÃO ENTRE AUTOPERCEPÇÃO DA SAÚDE E DA ALIMENTAÇÃO ENTRE USUÁRIOS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

Objetivo

Avaliar a autopercepção positiva da saúde e sua relação com autopercepção da
alimentação e variáveis sociodemográficas.

Métodos

Estudo transversal, incluindo indivíduos maiores de 18 anos, conduzido na Atenção Primária à Saúde (APS) de Passo Fundo, Rio Grande do Sul. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal da Fronteira Sul (CAAE 09474719.3.0000.5564) e os dados primários foram coletados mediante aplicação de questionário entre maio e agosto de 2019. O desfecho avaliado foi a autopercepção positiva da saúde, através do agrupamento das respostas “boa” e “excelente” ao questionamento “como você considera sua saúde?”. A principal variável independente analisada foi a autopercepção alimentar, aferida pela pergunta “como você considera sua alimentação?” e agrupada em positiva para as respostas “excelente” ou “boa” e negativa para as respostas “regular” ou “ruim”. Além disso, sexo, idade, cor da pele e renda per capta também foram abrangidos no estudo. Na análise estatística, executaram-se as frequências absolutas e relativas das variáveis independentes, o cálculo da prevalência do desfecho com intervalo de confiança de 95% (IC95) e a verificação da sua distribuição conforme as variáveis de exposição (teste de qui-quadrado de Pearson; erro alfa de 5%).

Resultados

A amostra (n=1.443) apresentou predomínio do sexo feminino (71%), adultos (72%), cor de pele branca (64,8%) e renda per capita de até 1 salário mínimo (71,2%). Quanto ao comportamento alimentar, a maior parte da amostra apresentou uma autoavaliação positiva da alimentação
(61,6%). A prevalência de autopercepção positiva da saúde foi de 53% na amostra (IC95 51-56). Foram observadas maiores prevalências do desfecho em adultos (59,5%; p<0,001), pessoas de cor de pele branca (56,3%; p=0,003) e com renda per capita maior que 1 salário mínimo (57,9%; p=0,041). Quando analisada a relação com o comportamento alimentar, constatou-se maior prevalência da autopercepção positiva da saúde naqueles indivíduos que também tinham uma autopercepção positiva da alimentação (57,7%; p<0,001).

Conclusão

Observou-se maior prevalência da autopercepção positiva da saúde entre adultos, de cor branca, com renda maior que 1 salário mínimo e que referiram autoavaliação positiva da alimentação. Esse resultado reforça a importância da manutenção de hábitos saudáveis, especialmente a alimentação equilibrada, na promoção de um estilo de vida saudável.

Palavras Chave

Atenção Primária à Saúde; hábitos alimentares; nutrição; autopercepção.

Área

NUTROLOGIA

Autores

JÉSSICA BOUFLEUR, LUCAS DALLA MARIA, MARTINA BASSOLLI, GUSTAVO OLSZANSKI ACRANI, REGINA INÊS KUNZ, SHANA GINAR DA SILVA, IVANA LORAINE LINDERMANN