Dados do Trabalho


Título

Endarterectomia de carótida versus angioplastia carotídea com stent: análise de prevalência e óbitos entre os procedimentos realizados no Brasil nos últimos 5 anos.

Objetivo

INTRODUÇÃO: A controvérsia sobre qual o tratamento ideal para a doença carotídea é fruto do aparecimento de diferentes alternativas terapêuticas ao longo dos últimos 20 anos. Atualmente temos o tratamento médico otimizado focado no combate aos fatores risco, uso de antiagregantes plaquetários e estatinas em altas doses; endarterectomia carotídea (END) e a angioplastia com stent (ANG), sendo este o procedimento menos invasivo. A cirurgia e a angioplastia são indicadas, em geral, nas lesões superiores à 70% de estenose no lúmen vascular. São instigantes as divergências na literatura sobre qual intervenção seria mais benéfica na prevenção de eventos isquêmicos e mortalidade. OBJETIVO: Comparar a prevalência e a efetividade entre a angioplastia com stent e a endarterectomia de carótida realizados no Brasil nos últimos 5 anos.

Métodos

METODOLOGIA: Os dados foram coletados na plataforma DATASUS, pelo Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS), acerca da Angioplastia com stent (coberto e não recoberto) e da endarterectomia de carótida realizados no Brasil de janeiro/2018 a dezembro/2023. Os dados coletados são referentes às seguintes variáveis: número de internações e óbitos por ano de processamento.

Resultados

RESULTADOS: No Brasil ocorreram 6844 casos de END e 11.902 casos de ANG, nos últimos 5 anos. Em relação a ANG, o uso de stent não recoberto foi mais realizado, havendo 11508 casos no período analisado, com maior prevalência no ano de 2019 (18,61%). Já em relação a END, houve 6844 casos no período estudado e com maior prevalência no ano de 2023 (20,41%). Em relação aos óbitos decorrentes dos procedimentos, a ANG apresentou maior mortalidade, com 187 óbitos, enfatizando o ano de 2023, com 46 óbitos. Já a END apresentou um total de 97 óbitos nos últimos 5 anos, enfatizando o ano de 2019, com 24 óbitos.

Conclusão

CONCLUSÃO: Portanto, segundo os dados disponíveis no DATASUS, foram realizados um total de 19414 procedimentos somando END e ANG nos últimos 5 anos, sendo a ANG mais prevalente. Apesar disso, identificou-se que a ANG, embora menos invasiva e com recuperação mais rápida dos pacientes, apresentou maior mortalidade quando comparada à END. Por fim, esse estudo se faz relevante para a comunidade científica, podendo incentivar a realização de novas pesquisas sobre o assunto e auxiliar na elaboração de medidas em saúde pública.

Palavras Chave

Angiologia; Cirurgia vascular; Doença carotídea

Área

CIRURGIA VASCULAR

Autores

RAFAEL ZUMERO TOSCANO, KARINA BASTOS KOZLOVSKI, RODRIGO MATTOS TEIXEIRA DOS SANTOS, PAULO MARTINS TOSCANO