Dados do Trabalho


Título

Esofagite grau D de Los Angeles em paciente Oligossintomático

Contexto

A esofagite é uma patologia gastrointestinal relativamente comum e muitas vezes associada a Doença do refluxo gastroesofágico. É caracterizada por uma inflamação do revestimento interno do esôfago e seu diagnóstico envolve uma combinação de sintomas, história clínica e exames complementares.

Descrição do(s) Caso(s) ou da Série de Casos

Paciente EBS, 28 anos, médico, IMC 25, etilista eventual, sem comorbidades, queixou de dor epigástrica leve principalmente quando fazia uso de bebidas alcoólicas sem apresentar outras queixas dispépticas. Procurou assistência médica e foi solicitada uma EDA que evidenciou uma Esofagite Erosiva (grau D de Los Angeles), Pangastrite erosiva de moderada intensidade e uma úlcera péptica de Corpo Gástrico (A1 de sakita). Iniciou o tratamento com Inzelm 10mg uma vez ao dia pela manhã em jejum, Domperidona 10mg antes do almoço e do jantar e Sucrafilm 2g um flaconete antes do almoço e do jantar por 3 meses. Além de mudanças dos hábitos como cessação do alcoolismo, refrigerantes, cafeína e decúbito horizontal pós prandial. Repetiu a EDA após 15 dias do final do tratamento e apresentou melhora significativa dos achados, demonstrando apenas uma Pangastrite enantematosa leve e sinais cicatriciais da esofagite, evidenciando uma remissão importante do quadro.

Comentários

Os principais sintomas da esofagite incluem a pirose, regurgitação, disfagia e dor torácica. A prevalência desses sintomas chega a afetar até 15% da população em geral. O diagnóstico da esofagite é realizado através de uma combinação de sintomas, história clínica, exame físico e exames médicos. Sendo importante ressaltar a Endoscopia Digestiva Alta que visualiza diretamente o esôfago e identifica sinais de inflamação ou outras doenças associadas. Com a visualização do esôfago é possível mensurar a gravidade das lesões através da Classificação de Los Angeles, que é baseada na extensão das lesões. Sendo dividida em 4 graus sendo o grau A mais leve e o grau D o mais severo.
Apesar do paciente em questão ter sintomas brandos e não se encaixar dentro dos principais fatores de risco, apresentava um quadro severo de esofagite além de gastrite e uma úlcera. Normalmente pacientes com quadro semelhante ao caso citado apresentam intensa sintomatologia como a dor no peito, azia, regurgitação ácida entre outros. Comprovando que nem sempre a relação entre sintomas e a gravidade da esofagite é direta. Por isso uma boa avaliação clínica aliada a exames de imagens como a EDA são fundamentais no diagnóstico e tratamento da esofagite

Palavras Chave

Esofagite; Gastrite; Úlcera Gástrica; Classificação de Los Angeles; Endoscopia Digestiva Alta

Área

GASTROENTEROLOGIA

Autores

EDUARDO BRASIL DE SOUZA, Andre de Oliveira Andrade, Paula Cristina Souza Diniz, Sidney Costa Junior, Jaqueline Maria de Azevedo Chagas