Dados do Trabalho

Título

PANORAMA DO ESCORPIONISMO NO PARANÁ: 2014 E 2023

Objetivo

Analisar o perfil de casos de escorpionismo no estado do Paraná nos últimos 10 anos.

Métodos

Trata-se de um estudo ecológico realizado com dados do Sistema de Informações de Agravos de Notificação (SINAN), vinculado ao Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Foram incluídos os casos de escorpionismo no Paraná, com as variáveis de raça, sexo, acidente relacionado ao trabalho, faixa etária, classificação final e evolução do caso no período de 2014 a 2023, para resultados que reflitam a situação mais recente. Os dados foram tabulados em Microsoft Excel e analisados através de estatística descritiva.

Resultados

Durante a investigação dos casos de escorpionismo nos últimos 10 anos, no Paraná, houveram 29.247 casos. Ao avaliar a faixa etária, houve maior número de notificações de pessoas de 20 a 39 anos, com 9.233 casos (31,56%) e 40 a 59 anos, com 8.948 casos (30,59%) representando ao todo 62,15% do total de casos. Em relação ao desfecho da doença, 13 casos foram a óbito, sendo um dos óbitos por outra causa, enquanto 29.234 foram curados. Obteve-se a seguinte relação entre número de casos e ano: 2023 - 5.457; 2022 - 4.322; 2021 - 3.450; 2020 - 3.268; 2019 - 3.125; 2018 - 3.006; 2017 - 2.020; 2016 - 1.519; 2015 - 1.766; 2014 - 1.314. Quanto à classificação final do quadro, houve 27.980 considerados leves, 1.154 moderados e 113 graves. Já quanto a acidentes relacionados ao trabalho, 2.814 foram confirmados e os 26.433 restantes não foram vinculados.

Conclusão

Os acidentes escorpiônicos representam um desafio significativo para a saúde pública do Paraná, impactando principalmente a faixa etária adulta. Contudo, há limitações por proceder de uma base de dados secundária com provável subnotificação e falha de registros na base de dados secundária. Ainda assim, vê-se que o conhecimento da epidemiologia é crucial para o desenvolvimento de medidas informativas e preventivas devido à evolução do número de casos com o passar dos anos.

Palavras Chave

Picadas de escorpião; Evolução clínica; Epidemiologia; Saúde Pública.