Dados do Trabalho


Título

Cardiotoxicidade em Quimioterapia: Preditores de Alteração Contrátil Segmentar Ventricular Esquerda

Objetivo

Avaliar os preditores de alteração contrátil segmentar ventricular esquerda em pacientes submetidos à quimioterapia, identificando fatores de risco para cardiotoxicidade.

Fonte de Dados

Foram examinadas as bases de dados PubMed, Scopus, cobrindo o período de janeiro de 2000 a dezembro de 2023. Os termos de indexação utilizados incluíram "cardiotoxicidade", "quimioterapia", "alteração contrátil segmentar" e "preditores". Limitações envolveram a restrição a estudos publicados em inglês e português e a exclusão de estudos com menos de 20 participantes.

Seleção de Estudos

A seleção inicial resultou em 526 artigos. Após a aplicação dos critérios de inclusão (estudos prospectivos e retrospectivos, que avaliaram a função ventricular esquerda em pacientes adultos submetidos à quimioterapia) e exclusão (estudos em animais e estudos de caso únicos), 42 estudos foram incluídos na revisão final.

Coleta e Análise de Dados

Dados foram extraídos por um revisor, utilizando uma ficha padronizada que incluía informações sobre desenho do estudo, população, intervenções quimioterápicas, métodos de avaliação da função ventricular esquerda e resultados. A análise dos dados foi feita através de uma síntese qualitativa e quantitativa, utilizando meta-análises quando apropriado, para identificar preditores consistentes de alteração contrátil segmentar.

Síntese de Dados

A análise revelou que os principais preditores de alteração contrátil segmentar ventricular esquerda incluem idade avançada, presença de comorbidades cardiovasculares pré-existentes, tipo e dose cumulativa de agentes quimioterápicos (especialmente antraciclinas e trastuzumabe) e tempo de seguimento após o tratamento. Técnicas avançadas de imagem, como ecocardiograma com strain e ressonância magnética cardíaca, mostraram-se mais sensíveis na detecção precoce de alterações contráteis. Intervenções profiláticas com beta-bloqueadores e inibidores da ECA demonstraram eficácia na redução da incidência de disfunção segmentar.

Conclusão

A identificação de preditores de alteração contrátil segmentar ventricular esquerda em pacientes submetidos à quimioterapia é crucial para a estratificação de risco e prevenção de cardiotoxicidade. Fatores como idade, comorbidades cardiovasculares, tipo e dose de quimioterapia são determinantes importantes. Métodos avançados de imagem e intervenções profiláticas devem ser considerados na gestão clínica desses pacientes para mitigar o risco de complicações cardíacas.

Palavras Chave

Cardiotoxicidade; Quimioterapia; Alteração contrátil segmentar; Preditores; Função ventricular esquerda

Área

CARDIOLOGIA

Autores

MATHEUS SANTOS SAMARITANO PEREIRA