Dados do Trabalho


Título

O Papel da Microbiota Cutânea na Patogênese do Câncer de Pele: Uma Revisão Sistemática

Objetivo

O objetivo deste estudo é analizar a relação entre a disbiose da microbiota cutânea e o desenvolvimento do câncer de pele, com base na reconhecida ligação entre a disbiose microbiana e a inflamação, e o conhecimento de que a microbiota modula o efeito da imunossupressão induzida pelos UV.

Fonte de Dados

Foram examinadas publicações diversas fontes de dados, incluindo artigos e revistas científicas entre 2013 e 2023, indexadas nas bases PubMed, Web of Science e Scopus, com títulos condizentes aos descritores estabelecidos, além de estudos teóricos de revisão, bem como realizados com animais.

Seleção de Estudos

Avaliados 126 estudos, selecionando 15 que atenderam aos critérios de inclusão: estudos teóricos de revisão, realizados com foco nos temas de interesse selecionados com base em critérios pré-definidos. Dos critérios de exclusão se deu materiais que só disponibilizassem o resumo, títulos não condizentes aos descritores pré-selecionados, além de textos sem elementos relevantes a finalidade do estudo e com conflitos de interesse.

Coleta e Análise de Dados

Realizada leitura crítica e extrativa dos estudos selecionados, organizando os dados em categorias temáticas: microbiota cutânea e CEC, microbiota cutânea e MM, mecanismos de ação da disbiose na patogênese do câncer de pele e implicações clínicas. A análise dos dados incluiu a identificação de padrões, tendências e lacunas na literatura existente.

Síntese de Dados

A microbiota cutânea, composta por diversas bactérias, fungos e vírus, apresenta papel crucial na saúde da pele. Disbioses, caracterizadas por desequilíbrios na composição e função da microbiota, estão associadas ao desenvolvimento de CEC e MM.
No CEC, estudos demonstram aumento da colonização por Staphylococcus aureus, que induz inflamação e proliferação celular. A disbiose também pode afetar a expressão de genes relacionados à patogênese do CEC.
No MM, a microbiota cutânea, principalmente o gênero Corynebacterium, pode contribuir para o desenvolvimento do tumor através da modulação da resposta imune e da produção de citocinas inflamatórias.
Os mecanismos de ação da disbiose na patogênese do câncer de pele incluem a ruptura da barreira cutânea, indução de inflamação crônica e modulação da resposta imune.

Conclusão

A disbiose da microbiota cutânea é um fator relevante na patogênese do CEC e do MM. O estudo da microbiota e seus mecanismos de ação pode abrir novas perspectivas para o diagnóstico, prevenção e tratamento do câncer de pele.

Palavras Chave

Microbiota cutânea; Câncer de pele; Patogênese

Área

ONCOLOGIA CLÍNICA

Autores

LIGIA LUANA FREIRE DA SILVA, Karollynne Pontes Cordeiro Chiang, Kelvin Kim Chiang, Guilherme Franco Campana, Mariah Geovanna Soares Souza, Marcos César Floriano