Dados do Trabalho


Título

Perfil epidemiológico de pacientes com sífilis gestacional no Brasil (2017-2023)

Objetivo

Caracterizar o perfil epidemiológico de pacientes diagnosticadas com sífilis gestacional no Brasil entre 2017 e 2023.

Métodos

Trata-se de um estudo epidemiológico, com abordagem quantitativa e de caráter ecológico e descritivo, cujos dados foram coletados em maio de 2024 no Sistema de Informação de Agravos de Notificação, disponíveis no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. A população de estudo foi composta por pacientes diagnosticados com sífilis gestacional no Brasil, levando em consideração variáveis como região de residência, raça/cor e classificação clínica, entre janeiro de 2017 e dezembro de 2023. Foi realizada estatística descritiva, com utilização de frequências absoluta e relativa. Os critérios de exclusão abarcam os dados de 2020 a 2023 referentes ao estado do Espírito Santo, previstos em sistema de informação próprio.

Resultados

No período analisado, foram identificados 441.473 casos de sífilis gestacional, sendo a maioria das pacientes residentes da região Sudeste, com 45,87% (n=202.530), seguidas de residentes da região Nordeste, com 21,35% (n=94.257) e da região Sul, com 14,75% (n=65.136) dos registros. Sobre raça/cor, 51,61% (n=441.472) das pacientes se declararam pardas, 28,39% (n=125.343) brancas, 12,12% (n=53.535) pretas, 1,00% (n=4.456) amarelas e 0,45% (n=2.014) indígenas. Cerca de 6,40% (n=28.266) das pacientes não tiveram registro quanto à raça/cor. No que tange à classificação clínica, 38,41% (n=169.591) dos casos foram diagnosticados na fase latente, 25,75% (n=113.706) na fase primária, 8,79% (n=38.822) na fase terciária e 4,38% (n=19.350) na fase secundária. Em cerca de 22,65% (n=100.004) dos casos a classificação clínica foi ignorada.

Conclusão

Em congruência com os dados descritos, nota-se um perfil epidemiológico de pacientes com sífilis gestacional no Brasil, dentro do período analisado, majoritariamente caracterizado por pacientes residentes na região Sudeste, autodeclaradas pardas e diagnosticadas na fase latente da doença. Tais achados satisfazem o objetivo do presente estudo, e alicerçam a elaboração de práticas relacionadas à conscientização popular a respeito da adversidade em questão, bem como servem de referência para o desenvolvimento de outras produções científicas que envolvam a temática da sífilis gestacional no Brasil.

Palavras Chave

Epidemiologia; Sífilis; Perfil de Saúde.

Área

OBSTETRÍCIA

Autores

LUCAS DIAS RIBEIRO