Dados do Trabalho


Título

Análise do perfil epidemiológico dos internamentos por Insuficiência Cardíaca no Brasil

Objetivo

Analisar e traçar o perfil de hospitalizações decorrentes de Insuficiência Cardíaca (IC) entre janeiro de 2018 a março de 2024 no Brasil

Métodos

Efetuou-se um estudo retrospectivo e descritivo por meio da coleta de dados no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) no grupo dos indicadores de morbidade hospitalar. Foram incluídos no estudo pacientes com internação hospitalar por IC no período de janeiro de 2018 a março de 2024. As variáveis analisadas foram região, ano, faixa etária, sexo, cor/raça, caráter de atendimento e valor dos serviços hospitalares. Por se tratar de dados disponíveis em banco de dados de domínio público, dispensa submissão ao Comitê de Ética.

Resultados

No período em questão, o Brasil registrou 1.175.285 internações, sendo em 2023 (202.691- 17,2%) o ano com maior número de internamentos. Com relação a distribuição geográfica, houve um predomínio discrepante na região Sudeste (500.012 - 42%), seguido da região Sul (266.932 - 22,7%), Nordeste (260.757- 22,1%), Centro-oeste (80.293 - 6,8) e Norte (67.291- 5,7%). Já o número de internações por faixa etária aumentou de forma crescente dos 10 aos 79 anos, sendo 70-79 (26,8%) o maior número de casos, com uma leve diminuição acima dos 80 anos (22,7%). Na análise por gênero notou-se um predomínio do sexo masculino (52%) com relação ao feminino (47,9%). Já no que tange a variável cor/raça, a população branca (38,1%) e a parda (37,8%) apresentaram proporção semelhante. Quanto à natureza da assistência, 94,6% foram categorizados como urgentes. Por fim, ganhou destaque o valor total dos serviços hospitalares com 2.094.016.125,18 de reais.

Conclusão

Nesta pesquisa, foi traçado um panorama de hospitalizações associadas à insuficiência cardíaca, revelando que o perfil epidemiológico é caracterizado por homens, de faixa etária entre 70-79 anos, de etnia branca, com prevalência na região Sudeste, atendidos em emergência. Diante deste perfil epidemiológico e das altas taxas de hospitalização, mortalidade e custos para o sistema de saúde, ressalta-se a importância de instaurações de políticas públicas que visem melhor manejo e prevenção da doença especialmente àqueles mais afetados por essa enfermidade.

Palavras Chave

Hospitalização; Insuficiência cardíaca; Saúde Pública.

Área

CLÍNICA MÉDICA

Autores

ANA LETÍCIA PESSATTO, CAROLINE UTUARI COSTA, KETHELLYN DAYANNE PEREIRA DE CARVALHO