Dados do Trabalho


Título

Dieta balanceada em paciente com Doença Renal Crônica não dialítico: uma revisão de literatura

Objetivo

Esta revisão tem como objetivo analisar estudos que abordam os benefícios da dieta balanceada em portadores de Doença Renal Crônica (DRC), que possuem papel importante ao retardar a progressão da doença em seus estágios finais e atrasar o início da terapia de reposição renal.

Fonte de Dados

O estudo se trata de uma revisão de literatura. Realizou-se uma busca bibliográfica nas bases de dados PubMed e SciELO incluindo estudos entre 2019 até 2024. Os termos MeSh e DeCS utilizados foram “Chronic Kidney Disease” e “Diet”.

Seleção de Estudos

Foram identificados 55 artigos, após a leitura do título e resumo, excluídos os repetidos, com filtros para os últimos 5 anos, restaram 5 estudos que se adequaram ao tema proposto e foram selecionados para essa revisão.

Coleta e Análise de Dados

A conduta utilizada para extração de dados foi através da leitura de títulos e resumo dos 55 artigos totais, sendo excluídos aqueles cujos temas não se encaixaram na pesquisa. Após, foi feita a leitura completa dos 5 artigos selecionados, dando ênfase aos pontos principais e resultados.

Síntese de Dados

Os resultados, na maioria dos estudos (n=3), demonstraram que o aumento da ingestão de proteína foi associado a uma menor taxa de filtração glomerular (TFG) em indivíduos com algum grau de DRC, levando em conta que a hiperfiltração glomerular é um dos mecanismos fisiopatológicos da progressão da DRC, as dietas de baixa proteína (0,6 a 0,8g/kg/dia) tornaram-se populares como estratégia dietética no estágio de não diálise. No entanto, seu benefício na progressão da DRC permanece controverso. Além disso, outros estudos (n=2) demonstraram evidências de que a redução do sal diminuiu a pressão arterial e a albuminúria em pessoas com DRC em estágio inicial. Se tais reduções puderem ser mantidas a longo prazo, esse efeito pode se traduzir em reduções clinicamente significativas na progressão da DRC e nos eventos cardiovasculares.

Conclusão

Portanto, conclui-se que a dieta desempenha um papel fundamental no manejo da DRC, e abordagens dietéticas específicas, como a restrição de proteínas e de sal. No entanto, é importante ressaltar a necessidade de um acompanhamento individualizado por equipes multidisciplinares, envolvendo nutricionistas, nefrologistas e outros profissionais de saúde, para garantir que as intervenções dietéticas sejam seguras e eficazes para cada paciente. Além disso, mais pesquisas são necessárias para melhor entender o papel da dieta na progressão da DRC e para desenvolver diretrizes dietéticas.

Palavras Chave

Doença Renal Crônica; dieta; não dialíticos

Área

NEFROLOGIA

Autores

LUANA BRITO SOUZA RABELLO, Lucas Miranda de Mello