Dados do Trabalho
Título
Carcinoma de Células Escamosas do Seio Maxilar: Revisão Sistemática de Literatura
Objetivo
Este estudo buscou avaliar as características epidemiológicas, o tratamento e os desfechos do carcinoma de células escamosas do seio maxilar por meio de revisão sistemática de literatura.
Fonte de Dados
As bases de dados utilizadas foram a Web of Science, Scopus e Biblioteca Virtual em Saúde – BVS. A busca foi realizada no período de fevereiro e março de 2024 e abrangeu artigos publicados entre 2014 e 2024 pelos termos de indexação “squamous cell carcinoma” OR “epidermoid carcinoma” AND “maxillary sinus neoplasms” OR “cancer of maxillary sinus” AND epidemiology OR epidemiological AND treatment AND survival. Foram aplicadas limitações para incluir apenas estudos que detalhem aspectos clínicos, terapêuticos e prognósticos do carcinoma de células escamosas do seio maxilar. A literatura cinzenta também foi descartada.
Seleção de Estudos
A busca resultou em 1.016 artigos, dos quais 11 foram incluídos na análise final. Os critérios de inclusão foram estudos que abordassem especificamente o carcinoma de células escamosas do seio maxilar, com dados sobre epidemiologia, tratamento e desfechos clínicos. Já os critérios de exclusão foram estudos duplicados, revisões narrativas sem dados primários e relatos de casos isolados sem análise robusta.
Coleta e Análise de Dados
Os dados foram importados para o software Endnote de forma padronizada e a análise envolveu a síntese qualitativa dos resultados, destacando padrões comuns e discrepâncias entre os estudos.
Síntese de Dados
Os principais achados da revisão foram categorizados, a saber: (i) epidemiologia e prognóstico: mais comum em homens de meia-idade, associada ao uso de tabaco e álcool, com alta taxa de mortalidade (65,5%); (ii) tratamento: a combinação de cirurgia e radioterapia mostrou melhores resultados em termos de controle local e sobrevida; (iii) sobrevida: variável entre 15% a 58% em cinco anos, dependendo do tratamento e estágio do tumor e (iv) metástases e recorrências: metástases cervicais ao diagnóstico estão associadas a pior prognóstico, com casos raros de metástases à distância. O método para identificação e categorização foi baseado na revisão por pares.
Conclusão
O carcinoma de células escamosas do seio maxilar é raro e de mau prognóstico. Cirurgia e radioterapia combinadas melhoram a sobrevida, apesar da alta recorrência. Diagnóstico precoce e tratamentos multimodais são essenciais.
Palavras Chave
Carcinoma de células escamosas; Epidemiologia; Tratamento. Sobrevivência.
Área
OTORRINOLARINGOLOGIA
Autores
LUIZ FLAVIO VINCIPROVA FONSECA, Flávio Vaz Machado, Suzi Farias