Dados do Trabalho
Título
Exercício físico resistido e a doença de Parkinson - revisão sistemática
Objetivo
Identificar a eficácia do exercício físico resistido em pacientes com doença de Parkinson, sendo analisado o efeito em quedas, instabilidade postural, massa muscular, bradicinesia e funcionalidade.
Fonte de Dados
Utilizada a plataforma PubMed para obtenção de dados.
Seleção de Estudos
Foram selecionados apenas ensaios clínicos randomizados publicados nos últimos dez anos utilizando os descritores “resistance exercise and parkinson’s disease”.
Coleta e Análise de Dados
Eleitos cinco trabalhos conforme sua metodologia e tempo de intervenção (8 a 12 semanas). Todos com métodos de seleção semelhantes, excluindo possíveis confundidores como pacientes com comorbidades importantes ou outro acometimento neurológico/ ortopédico.
Síntese de Dados
A doença de Parkinson é uma doença neurodegenerativa com alta incidência mundial e grande taxa de disfuncionalidade associada ao seu acometimento motor. Alguns dos sintomas como bradicinesia, instabilidade postural, perda de massa muscular e quedas são associados a perda de autonomia dos pacientes acometidos. Portanto, surgiu a necessidade de investigar possíveis tratamentos não farmacológicos que pudessem melhorar a qualidade de vida desses pacientes, sendo a prática de exercícios físicos resistidos um deles. Os estudos conduzidos demonstraram significância estatística quando comparados pacientes submetidos a prática de exercícios resistidos e pacientes do grupo controle, sendo analisados os pacientes através de escalas e testes realizados pré e pós intervenção. Alguns desses sendo o “Timed Up and Go”, “Unified Parkinson 's Disease Rating Scale (UPDRS)”, “Ten meters walk test”, área transversal do músculo quadríceps, entre outros. Foi comprovada a eficácia do exercício resistido como tratamento complementar, com melhora de massa muscular, equilíbrio, mobilidade e funcionalidade na população analisada, sem danos ou efeitos colaterais associados. Ademais, alguns estudos compararam o exercício resistido isolado com o exercício resistido com instabilidade, que consiste no acréscimo de instrumentos causadores de instabilidade durante a atividade, com resultados promissores. Aparentemente adicionar uma ferramenta instável nos treinamentos acarretou em maior benefício neuromuscular e de mobilidade.
Conclusão
O exercício físico resistido e a terapia com instabilidade tem benefício comprovado para melhora dos sintomas motores clássicos e consequentemente da funcionalidade dos pacientes com doença de Parkinson. Dessa forma, sua indicação na prática clínica deveria ser mais difundida e incentivada pelos profissionais.
Palavras Chave
Parkinson; exercício físico resistido; funcionalidade; instabilidade
Área
CLÍNICA MÉDICA
Autores
LARA ARANTES RODRIGUES DA CUNHA, Júlia Novaes Matias , Gabriela Panegossi Gonçalves dos Santos, Nathália Brandi Paixão, Gabriela Medeiros de Souza, Patrícia Munhoz Margonari, Luara Goss Rodrigues Dadamos