Dados do Trabalho

Título

Mortalidade por neoplasia maligna de reto no Brasil: análise epidemiológica

Objetivo

O câncer colorretal trata-se de uma neoplasia maligna que se origina no intestino grosso: colón e reto, final do intestino e imediatamente antes do ânus. O presente estudo tem como objetivo analisar o perfil epidemiológico dos óbitos por câncer de reto no Brasil do período de 2013 a 2022, com base nas variantes observadas.

Métodos

Trata-se de um estudo de caráter descritivo, analítico e retrospectivo, com teor de abordagem quantitativa, com dados extraídos a partir do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde – DATASUS. A consulta de dados ocorreu através da seção Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM). Foram avaliadas as variáveis: número de óbitos segundo Categoria CID-10; ano do óbito segundo faixa etária; ano do óbito segundo sexo; ano do óbito segundo região.

Resultados

No período analisado, observa-se maior número de mortalidade por neoplasia maligna de reto na região Sudeste (20.013), seguido pelas regiões Sul (8.983) e Nordeste (8.404), enquanto que o Centro-Oeste e o Norte apresentaram 3.351 e 2.225 óbitos, respectivamente. A mortalidade é maior entre a faixa etária de 60 a 79 anos. Desde 2017, a mortalidade por neoplasia maligna do reto vem crescendo no intervalo etário de 50 a 59 anos, atingindo seu pico em 2022, com 954 óbitos. No período analisado, os óbitos foram mais prevalentes no sexo masculino, com 25.761, e, 23.125 óbitos femininos. A mortalidade vem aumentando ao longo dos anos, atingindo seu maior número em 2022, com 5.445 mortes, e menor em 2013, com 4.014 mortes.

Conclusão

Houve um aumento significativo nas neoplasias malignas de reto entre 2013 e 2022 devido ao envelhecimento da população, má qualidade de vida, alimentação inadequada e dificuldade de acesso a exames de rastreamento do câncer. Por fim, observa-se que a neoplasia maligna de reto está se manifestando mais precocemente na população, o que pode se tornar um problema de saúde pública.

Palavras Chave

Epidemiologia; Neoplasia; reto; Mortalidade