Dados do Trabalho


Título

ANÁLISE DOS ÓBITOS OCASIONADOS POR DENGUE GRAVE NO BRASIL

Objetivo

A dengue grave é uma das apresentações clínica da arbovirose transmitida pelo vetor Aedes aegypti, caracterizada por piora significativa do estado geral do paciente entre três a sete dias após início dos sintomas convencionais, mediante sinais de alarme, podendo evoluir para choque. Em vista do contexto epidêmico atual da patologia, associado a elevados impactos na morbimortalidade nacional por sua apresentação agravada, o quadro clínico torna-se de extrema relevância. O estudo visa analisar o quantitativo de óbitos provocados pela dengue grave no Brasil nos intervalos de 2016-2024.

Métodos

Trata-se de uma pesquisa epidemiológica com dados extraídos a partir do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). A consulta de dados ocorreu através do Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Foram incluídos os casos de óbitos referentes a dengue grave, tratados durante o período de 2016-2024.

Resultados

No período analisado foi observado um quantitativo de 4.339 de óbitos por dengue grave. A região de maior destaque em número de mortalidade foi a região Sudeste, com 1.940 óbitos, seguida pelas regiões Centro-Oeste, com 1.018, Sul, com 807, Nordeste, com 477, e, por fim, a região Norte, com 97 óbitos. O ano que tem se apresentado com maior quantitativo de mortalidade é o de 2024, totalizando 807 mortes pela doença, em que a região Sudeste lidera em maior número em relação às outras regiões, totalizando 375 registros. Ademais, é válido considerar o atraso no diagnóstico concreto das mortes por dengue, o que levaria a uma subnotificação no preenchimento da causa do óbito. A eficácia da vigilância sanitária quanto ao cumprimento das medidas preventivas da proliferação do vetor também deve ser levada em consideração como possível fator no aumento de casos.

Conclusão

Com isso, a região Sudeste lidera o ranking do número de óbitos ocasionados pela forma grave da dengue no Brasil, padrão esse mantido desde o ano de 2022. Considerando que a coleta de dados ocorreu durante o ano de 2024, e esse mesmo ano já se configura como o de maior incidência de óbitos, percebe-se uma tendência preocupante quanto ao controle da doença. Portanto, a partir desses dados, é visível a necessidade da implementação de políticas públicas que objetivem prevenir a ocorrência dessa patologia e, consequentemente, proporcionar redução de sua mortalidade.

Palavras Chave

Dengue grave; Epidemiologia; mortalidade.

Área

INFECTOLOGIA

Autores

CAIO VINICIUS BOTRLHO BRITO, Luídi Lobato Gonçalves, Mônica Pantoja Gonçalves, Rafael Herênio Franco, Maria Iuly da Costa Gomes, Wanessa da Luz Oliveira, Pedro Henrique Lopes Aragão