Dados do Trabalho
Título
EPIDEMIOLOGIA DOS PACIENTES COM TUBERCULOSE NA REGIÃO DO CARAJÁS DE 2018 A 2022, NO ESTADO PARÁ.
Objetivo
Compreender a situação epidemiológica da tuberculose (TB) na região do carajás e descrever o perfil dos pacientes diagnosticados e tratados, no período de cinco anos.
Métodos
Estudo de caráter ecológico, o qual utilizou dados do DATASUS, coletados da 11ª Região de Saúde do Pará. Analisou pacientes diagnosticados com TB entre 2018 e 2022, incluindo sexo, faixa etária, fator de agravo e perfil epidemiológico. Utilizou-se para formulação dos dados o Microsoft Excel 2016 e o Bioestat. Para embasamento teórico, foram utilizados Descritores em Ciências da Saúde (DeCs) e descritores do Medical Subject Headings (MeSH). O levantamento bibliográfico foi realizado nas bases de dados na Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde (BVS), Cochrane, PubMed, Embase, SciELO e Google Acadêmico.
Resultados
No período de 2018 a 2022, foram registrados 1.601 casos de TB, com uma média de 320,2 casos ao ano e um desvio padrão aproximado de 52,6. Sendo o pico em 2022, com 387 casos. Houve uma predominância significativa de casos de TB em homens, com mais que o dobro de casos em comparação com mulheres. O perfil epidemiológico da doença analisa: a cura, a recidiva, o abandono de tratamento, o reingresso após abandono, o óbito por TB e óbito por outras causas. No período analisado, 1.060 pacientes se curaram da tuberculose, com pico em 2021. Houve 72 casos de recidiva e 228 de abandono de tratamento. Os reingressos após abandono totalizaram 122, com maior registro em 2022. Dos 175 óbitos, 55 foram por TB, representando aproximadamente 32,35% do total. No tratamento da TB, houve predominância de homens, com 1.115 pacientes em comparação com 486 mulheres. O ano de 2022 registrou o pico de tratamento para ambos os gêneros, com 387 pacientes.
Conclusão
O estudo revelou aumento significativo nos diagnósticos de TB principalmente entre homens. A não adesão ao tratamento comprometeu a redução da transmissão durante esse período de 2018 a 2022, desafiando as metas de saúde da OMS. Políticas públicas devem priorizar a prevenção, diagnóstico precoce e suporte no tratamento para melhorar os desfechos dos pacientes infectados.
Palavras Chave
Perfil de saúde; Tuberculose; Diagnóstico; tratamento
Área
PNEUMOLOGIA
Autores
ISADORA LIMA VALE, Juliana Nayde Zuquim Tangerino, Herbert Matos Silva Filho, Isadora Brasil Neves, Aline Dos santos, Gabriely Borsoi Leite, Izabella De Souza Rabelo, Ana Paula dos Santos