Dados do Trabalho


Título

Miomas: Tratamentos, Fertilidade e Complicações

Objetivo

Miomas são o tipo mais comum de neoplasias em idade fértil, podendo causar menorragias, desconforto abdominal, infertilidade e queda na qualidade de vida. Múltiplos tratamentos podem ser utilizados, dentre eles: miomectomia, histerectomia e embolização das artérias uterinas (EAU). Este estudo compara os desfechos dos tratamentos para miomatose em relação à fertilidade e complicações/sequelas.

Fonte de Dados

As palavras-chave "uterine artery embolization," "fertility," e "myoma" foram utilizadas na NIH e no PubMed, com filtro para os últimos 10 anos e com exclusão de relatos/séries de caso.

Seleção de Estudos

Os estudos foram incluídos se: em inglês, publicados após 2014, e excluídos: não relacionados ao objetivo ou dados insuficientes para comprovar achados. Foram utilizados 6 estudos e 2 excluídos.

Coleta e Análise de Dados

Os dados foram baseados em idade, raça e amostras semelhantes, sendo analisados como revisão sistemática e comparativa dos diferentes tratamentos. Foram comparados os desfechos em análise quantitativa.

Síntese de Dados

Foi usada a escala “Uterine Fibroid Symptom and Quality of Life (UFS-QOL) para avaliação dos desfechos, quanto maior a pontuação, melhor o desfecho. No primeiro estudo, os resultados foram: miomectomia com amostra de 105 pacientes e pontuação estimada na UFS-QOL de 84.6 ± 21.5 e EAU com 98 pacientes, tendo pontuação de 80 ± 22. No segundo estudo, EAU teve aproximadamente 17,5% de complicações desencadeadas pela abordagem, já a histerectomia teve 26,1%; com desfechos em gravidez após-procedimento de 50% na EAU e 78% na miomectomia, apresentando risco relativo de 2,22 de infertilidade. No terceiro estudo, EAU foi utilizada como via de tratamento em 74 pacientes em idade fértil, com 44 (59,5%) tendo gestação após a abordagem. No sétimo estudo analisado, os desfechos em gravidez após-abordagem foram: EAU 50% e miomectomia de 78%, com abortos em 60% das gestações pós-EAU e 20% pós-miomectomia.

Conclusão

Em conclusão, a miomectomia tem desfechos mais positivos para melhora de qualidade de vida, em gravidez/fertilidade e menores chances de abortamento. Possíveis causas para a menor ocorrência de gravidez pós-EAU são: isquemia miometrial, danos ao endométrio que afetam a nidação e queda das reservas ovarianas pela diminuição do fluxo sanguíneo. Também é importante ressaltar que a Sociedade de Radiologia Intervencionista dos Estados Unidas da América sempre indica a miomectomia como preferencial, caso seja viável.

Palavras Chave

Embolização da Artéria Uterina; fertilidade; Mioma;

Área

GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA

Autores

CARLOS EDUARDO DA SILVA ISIDORO, Maria Eduarda Barroca de Souza Canto, Julia Arcanjo Ferreira, Flávia Cristina Rosa