Dados do Trabalho
Título
Intervenções na microbiota intestinal como terapia no autismo
Objetivo
O presente estudo visa reunir dados sobre o impacto das intervenções na microbiota intestinal como medidas terapêuticas no transtorno do espectro autista (TEA).
Fonte de Dados
No mês de abril de 2024, a partir das bases de dados: PubMed, LILACS e Scielo foram selecionados artigos por meio de uma busca eletrônica, pela pesquisa dos termos "autism and fecal microbiota transplantation", "autism and prebiotics" e "autism and probiotics". Foi aplicada restrição de tempo de 5 anos e de linguagem, apenas trabalhos em português, espanhol e inglês.
Seleção de Estudos
Na busca inicial obteve-se 85 artigos distribuídos nas 3 bases de dados, após a exclusão de artigos duplicados, 6 artigos foram selecionados para leitura do texto completo. Foram critérios para seleção: apresentar uso de probióticos, prebióticos e transplante fecal como intervenções no autismo como tema central, não citar outras desordens neurológicas ou psiquiátricas associadas e não associar tratamento medicamentoso.
Coleta e Análise de Dados
Os 6 artigos selecionados foram lidos na íntegra, atentando-se principalmente aos métodos, discussão e resultados. Considerou-se, ainda, o impacto do estudo.
Síntese de Dados
O transtorno do espectro autista é uma desordem do neurodesenvolvimento multifatorial, com alterações presentes, inclusive, na microbiota intestinal, quando comparadas crianças neurotípicas com crianças no espectro autista apresentam diferentes bactérias compondo sua flora intestinal. Por meio de processos metabólicos, neurológicos e imunes a microbiota é capaz de impactar o desenvolvimento neurológico, logo, o transplante de microbiota fecal, prebióticos e probióticos estão sendo estudados como possíveis terapias no TEA. Estudos demonstram que o uso de probióticos resultou em melhora da interação social e comunicação, assim como redução da pontuação em escalas de TEA. O transplante fecal de microbiota foi benéfico para os pacientes no espectro, sendo analisadas melhoras nas manifestações comportamentais e das escalas de avaliação do autismo.
Conclusão
As intervenções de microbiota intestinal a partir do uso de probióticos e transplante de microbiota fecal como terapia do espectro autista se mostraram promissoras, entretanto ainda há necessidade de realização de estudos de larga escala para comprovação dos resultados.
Palavras Chave
Transplante de microbiota fecal; Autismo; Microbiota Intestinal.
Área
NEUROLOGIA
Autores
JÚLIA FERNANDES