Dados do Trabalho

Título

ANÁLISE DA RELAÇÃO ENTRE O CIGARRO ELETRÔNICO E O RISCO DE ATEROSCLEROSE: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

Objetivo

Analisar a relação entre cigarro eletrônico e aterosclerose.

Fonte de Dados

Utilizaram-se as bases de dados PubMed e MedLine e estratégia de busca com os descritores “aterosclerose”, “aterogênese”, “vapor do cigarro eletrônico”, “e-Cigarros”, “Cigarro eletrônico”, seus respectivos termos em inglês, e “Vaping”, conforme dados da plataforma DeCS. Foram incluídos estudos publicados entre 2019 e 2024.

Seleção de Estudos

Dos 42 artigos encontrados na pesquisa, 12 atendiam aos requisitos do estudo e foram revisados. Os critérios de inclusão foram: presença de correlação significativa entre o cigarro eletrônico e aterosclerose, idioma em português ou inglês. Os critérios de exclusão foram: artigos duplicados e revisões da literatura.

Coleta e Análise de Dados

Para análise, utilizou-se de duas duplas de pesquisadoras que ficaram responsáveis por lerem 21 artigos cada, sendo 12 deles selecionados. Os dados registrados dos selecionados foram referentes à metodologia de pesquisa e seus respectivos resultados e conclusões. Após esta análise, os artigos foram agrupados de acordo com os tópicos abordados e relevância. Dessa forma tornou-se possível realizar uma síntese consistente quanto ao tema estudado.

Síntese de Dados

Apesar dos riscos inerentes ao uso dos cigarros eletrônicos, sabe-se que seu consumo tem aumentado de forma significativa entre jovens. Em se tratando das alterações cardiovasculares decorrentes do seu uso, há crescentes evidências quanto à relação do cigarro eletrônico e alterações das células endoteliais de artérias coronárias, o que gera potencial risco para aterosclerose. Além disso, houve estudos mostrando aumento de espécies reativas de oxigênio e moléculas de adesão intracelular tipo 1 (ICAM-1), gerando maior risco de eventos tromboembólicos. Adicionalmente, evidências apontam para o aumento do estresse oxidativo, danos mitocondriais e de marcadores pró-inflamatórios (ex.: IL-1β, IL-6, TNF-α), bem como aumento na expressão do receptor Toll-like 9 (TLR9). Substâncias presentes nos cigarros eletrônicos, tais como a nicotina, estão relacionadas ao surgimento precoce de placas de ateroma e aumento dos níveis de vesículas extracelulares (VE) derivadas de células endoteliais (VEE) e plaquetária, indicando possíveis alterações vasculares subjacentes. Essas conclusões são reforçadas por exames de imagem que mostram o aumento das placas carotídeas.

Conclusão

O uso do cigarro eletrônico está diretamente relacionado a alterações fisiopatológicas, principalmente de natureza imunológica, contribuindo para o desenvolvimento da aterosclerose.

Palavras Chave

Aterosclerose; Vapor do cigarro eletrônico; Aterogênese.