Dados do Trabalho

Título

Análise prospectiva de cirurgias de colecistectomia no Hospital Universitário São Francisco de Assis

Objetivo

Objetivo: Definir a padronização pré-, intra- e pós-operatória da cirurgia de colecistectomia e avaliar os efeitos adversos e seu manejo, resultados de câncer de vesícula insuspeito e a qualidade do procedimento e do serviço hospitalar.

Métodos

Metodologia: Estudo coorte prospectivo observacional no Hospital Universitário São Francisco de Assis em Bragança Paulista, São Paulo. Foram incluídos todos os pacientes submetidos a colecistectomia no período de 31 de Julho de 2023 a 19 de Novembro de 2023. Os dados foram coletados após a cirurgia e foi realizado o seguimento em 30 dias. A coleta de dados foi realizada em um período pré especificado e de acordo com um formulário de relatório de casos. Aprovado pelo comitê de ética (CAAE nº 70685223.0.0000.5514, parecer nº 6.155.062).

Resultados

Resultado: Foram incluídos 45 pacientes submetidos a colecistectomia, 66,6% do sexo feminino, média de idade de 50,5 anos, a maioria dos pacientes possuíam classificação I de ASA (Sociedade Americana de Anestesiologia) e com média de dias do primeiro sintoma até a admissão de 80,2 dias e para cirurgia de 305,2 dias. As comorbidades prévias mais frequentes foram hipertensão arterial sistêmica (46,6%) e diabetes mellitus (17,7%). A maioria das indicações cirúrgicas foi por cólica biliar e 93,3% dos exames de imagem pré-cirúrgicos descreveram a presença de cálculo biliar, todos receberam antibiótico profilático, a maioria das colecistectomias totais foram realizadas por videolaparoscopia e a maioria possuía classificação II na classificação de Nassar de dificuldade intraoperatória e dentre as complicações intraoperatórias 4 pacientes apresentaram vazamento biliar e 1 sangramento. A maior classificação Clavien-Dindo até o 30º dia de pós-operatório foi de 0 para 80% dos pacientes e 11% dos pacientes apresentaram classificação IIIb com necessidade de nova abordagem cirúrgica antes do 30º dia de pós-operatório. Um paciente faleceu por coleção intra-abdominal no 23º dia de pós-operatório. Todas as peças cirúrgicas enviadas para análise histológica apresentaram resultados benignos.

Conclusão

Conclusão: Os dados até o 30º dia pós-operatório demonstraram um aguardo grande para o diagnóstico e para a realização do procedimento. Foi demonstrado uma padronização na conduta diagnóstica e a técnica cirúrgica segue critérios de excelência com elevada chance de cura e poucas incidências de complicação, apesar de um falecimento. Não foi encontrado nenhuma malignidade insuspeita de vesícula biliar pelo anátomo patológico.

Palavras Chave

Colecistectomia; Cirurgia Geral; Epidemiologia; Estudos de coortes.