Dados do Trabalho


Título

Morbidade hospitalar por doenças do aparelho circulatório segundo sexo no Brasil, de 2014 a 2023

Objetivo

Analisar a ocorrência da morbidade hospitalar por doença do aparelho circulatório segundo sexo, por regiões do Brasil, no período de 2014 a 2023.

Métodos

Estudo classificado como delineamento descritivo do tipo transversal. Os dados sobre a morbidade hospitalar por doença do aparelho circulatório segundo sexo nas diferentes regiões do Brasil, no período de 2014 a 2023, foram coletados por intermédio da plataforma DATASUS/Ministério da saúde. As doenças do aparelho circulatório (DAC) são codificadas segundo grupo IX, do CID-10. Em consideração aos dados coletados, foi possível conhecer a distribuição de doenças do aparelho circulatório segundo sexo e calcular a razão de prevalência.

Resultados

Observa-se que, a região com maior número de internação neste período foi a região Sudeste, sendo um valor 10 vezes maior do que o apresentado na região Norte. Agora, quanto à distribuição dos dados segundo o sexo, nota-se, no período de 2019 a 2023, um aumento de 3,51% no número total de internações masculinas por doenças do aparelho circulatório quando comparado ao período de 2014 a 2018, enquanto o número total de internações femininas, nesse mesmo intervalo de tempo, sofreu um decréscimo de 4,41%. Calculando a razão de prevalência dos números de internações masculinas por internações femininas entre 2014 e 2018, obteve-se RP= 1,48 e para o período compreendido entre 2019 e 2023, RP= 1,53. Com isso, pode-se entender que o sexo masculino possui 1,53 vezes chances a mais que as mulheres de acometimento pelos estágios avançados das doenças do aparelho circulatório que necessitam de hospitalização.

Conclusão

Pode-se concluir que os indivíduos do sexo masculino têm uma maior chance de precisarem de internações quando comparados aos indivíduos do sexo feminino por conta das doenças do aparelho circulatório, no intervalo de 2014 a 2023. Em um contexto nacional, é evidente que a variação no número de internações por DAC de um quinquênio para o outro foi pequena, indicando que houve uma estabilidade neste número. Tal análise enfatiza que existe uma ausência de procura por assistência médica pelos homens, justificando a discrepância nos totais de internações do sexo masculino, que estão sempre elevados em comparação ao feminino e continuam crescendo. Ademais, mesmo tendo um cuidado maior com a própria saúde, mulheres em situações vulneráveis se mostraram mais acometidas pelas doenças do aparelho circulatório porque, como discutido anteriormente, as questões socioculturais acabam sendo determinantes.

Palavras Chave

Morbidade; Doenças Cardiovasculares; Brasil.

Área

CARDIOLOGIA

Autores

MARIANA MARTINELLI, ISABELLA SIQUEIRA ZAMBON, LÍVIA FRANCISCO, GIULIA DI TULLIO MARTINS, GIOVANA EVELYN FERREIRA EDUARDO, MARIA JÚLIA MARQUES JACOB, BEATRIZ MARTUCCI CARMONA, RAYSSA CAMPOS COSTA