Dados do Trabalho


Título

Epidemiologia da Doença reumática crônica do coração no Centro-Oeste, Brasil, entre 2019 a 2023.

Objetivo

A doença reumática crônica do coração é uma das principais complicações de infecções respiratórias, causadas pela bactéria S.Pyogens, sem o tratamento adequado. A patogênese desta doença envolve um quadro inflamatório causado pelo patógeno nos tecidos cardíacos. Por ser relacionada ao subdesenvolvimento populacional e a sua alta taxa de morbimortalidade, a cardiopatia reumática crônica é uma problemática de grande impacto na saúde pública, o que a torna uma doença de análise epidemiológica relevante. Logo, o objetivo deste estudo é analisar a epidemiologia de Doença reumática crônica do coração no Centro-Oeste brasileiro.

Métodos

Estudo transversal, descritivo e com abordagem quantitativa, através da coleta de dados sobre a Doença Reumática Crônica do Coração no Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), vinculado ao Departamento de Informática do Sistema único de Saúde (DATASUS), segundo faixa etária e raça entre 2019 e 2023 na Região Centro-Oeste.

Resultados

No período analisado, houve um total de 44.139.744,62 de internações por Doença Reumática Crônica do Coração no Centro-Oeste – correspondente a 9% dos casos totais do Brasil. No mesmo, evidencia-se que em 2019 houve 8.946.761 internações; 2020, 5.551.367; 2021, 6.461.554; 2022, 10.351.981 e; 2023, 12. 868.079. Isso mostra um aumento dos casos ao decorrer do tempo, sendo o ano de 2023 o com maior taxa ,cerca de 23,3% maior em relação a 2022 Quanto à idade, percebe-se que as faixas etárias de 50-59 e 60-69 são as mais afetadas com, respectivamente, 25% e 22,7% do total de casos. As demais faixas mostraram-se com menores taxas: menores de 1 ano, 3,3%; 1 a 19, 4,7%; 20 a 39, 12,9%; 40 a 49, 17,8%; 70 a 79, 11,3% e; mais de 80 anos, 0,98% das internações. Já discutindo a raça, tem-se a parda como a predominante com 69% das internações totais. Nas demais houve, aproximadamente, 14% brancos, 2,01% pretos, 0,05 % amarelos, 14,38% de indígenas e pessoas que não declararam a raça.

Conclusão

Os dados mostram que o perfil epidemiológico da cardiopatia reumática no Centro-Oeste brasileiro corresponde a adultos mais velhos e pardos, números estes que reforçam que a classe socioeconômica mais afetada é a de menor renda, que ressalta a importância em ter um correto diagnóstico e tratamento de infecção faríngea, para evitar a progressão e complicações da cardiopatia reumática.

Palavras Chave

Cardiopatia Reumática; Epidemiologia; Brasil;

Área

CARDIOLOGIA

Autores

GIULIA DEZIRO ARANAO, Larissa da Costa Tonus , Anna Carolina Cacciari Vidal, Maria Teresa da Fonseca Madruga